domingo, 2 de dezembro de 2012

(depois de algumas horas a olhando, tirei a rosa do vaso e coloquei em meu cabelo)


inventando histórias
invertendo as cores

se couber mais um nome, ditado
este lado de cor eu já conheço
metade do que mereço
ignoro com esmero
outra metade
escondo em minha caixa


imperfeições...

coleção subjetiva da minha realidade.
com lente de aumento,
adjetivando meus detalhes,
detalhei o meu mudar.






brincando com meus afetos
me decidi em anúncio:

tô no andar de cima, cansei do térreo.

sábado, 13 de outubro de 2012

dentro do que mais enxergo



Não é possível acertar o caminho com um sim ou um não
É preciso apostar na correnteza do rio
E analisar as árvores ao redor
É preciso ter muita calma, quando falamos coisas do coração
Não se trata mais de fechar os olhos
É necessário, na montante dos meus olhos, alinhar o verbo paixão.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

trocando o azulejo

dá medo
de andar por onde não se conhece
a estranheza da cor
descompassa o ritmo





ou não...
ou apenas, descompassaria...

mas mesmo assim,
é estranho
voltar por onde veio
e virar para o lado oposto, assim, para se procurar
ou se propor...
pode dar errado
e ter que voltar de novo
pode estar gelado
pode estar escuro
você pode se perder
você pode se entreter com a natureza
você pode não conseguir voltar

e o que se faz?


com o medo dos tais...lugares que não conheço?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

fechando, fechada

não quero ouvir o que me disses!
não quero falar.
não quero olhar.

fechando os olhos, para não sentir,
seguindo em frente de olhos fechados.
porque de olhos abertos o peito fica molhado.

melhor não olhar.
melhor não parar de andar.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

(me)do que cega

chegando perto
o olho cega
de medo,
espera,
nega.

melhor nada
melhor quisera.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

arfes



Iniciada solidão
coração em bambeio
no desajuste do medo
o mar sereno se desfez

erupção de ideias

sua incoerência me fez

Metade fera
Metade triste
Apagou a luz...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

difícil passo

É necessário fechar bem os olhos para acreditar
não é qualquer um que se entrega ao sonho 
não é qualquer um que ameaça se ridicularizar

E entre todos da sala
eu,
com comportamento distinto
.
.
.
a sustentar as dificuldades de um abismo
dificuldades do meu sonhar

domingo, 8 de abril de 2012

meus fins


me digo calada
a não me incomodar
não quero disfarçar
a vontade que vem a mim

silêncio
não consigo ouvir o barulho de fora
para distinguir os sintomas de dentro
não consigo clarear a mente
para te enxergar, calado

em minha mente, a minha frente
milhões de pensamentos em um segundo
me perturbando, a contento
contendo, meus vazios insuportáveis,
me acabo,
me clareio,
e(n)fim.

sábado, 24 de março de 2012






meu coração
não está sadio
não sabe colocar o quente nesse frio
tá congelando,
sadio
nao está mais...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

prova(do) amor




tão simples assim
é te beijar, calma
deixar falar o coração
deixar o olhar invadir
e a mão proteger

no paraíso, é onde estou?
sonho meu, sorriso que decora a vista
me faz borbulhar e efervecer
faz do segundo a eternidade

verdade que estou aqui contigo?
pareceu tão sincero esse abraço
tá tudo tão real do meu lado
quero conversar mais...

me encaixo em seu peito
e me abraça
está tudo tão mágico aqui
que é engraçado tentar entender...

único pra mim, único em mim
amo você!