quarta-feira, 29 de junho de 2011
flor a desalento
olhei para frente
seguindo o sentido do vento
eclipsiei o lar dos meus sonhos
me promoví a tamanho bem estar
sentindo meu corpo parar
em anestesia de sentimentos
senti agudo no peito
intuição me agitou
parei
o vento começou a se agitar
não soube falar
não soube nadar
me perdí no mar de ventos
quis voltar
poupando-me todo alento
buscando cessar de derramar
minhas tristezas de vento
segunda-feira, 20 de junho de 2011
contramão
truques de sentidos
a natureza nos convidando
à um ensaio reflectivo
sentí o vento no rosto
belo dia me agradei
belo dia detestei
a joaninha me encantou
a borboleta se aproximou
a mão me apaixonou
me trocando o sentido da atenção
detalhes da natureza
me tirando da contramão
domingo, 19 de junho de 2011
rememorar
chega e sem perceber
me alegra o dia
traz com seu ar a alegria
que eu queria estar
são palavras que se eternizam
que ecoam em minha mente
e voltam como flashes
para me fazer suspirar
o coração disparado
sussura a ânsia
sussura uma dança
enfeita a minha mente
e me acerta uma lança
e o coração me flagrou,
sorriso preso no rosto,
com gosto
gosto do amor.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
paralelo à cor
decorei o meu quarto
colocando os pedaços que me invadiram
em desvairada rotina
em cada canto uma cor
em cada desenho uma memória
só para não me esquecer
os quandos que o rosa invadiu
e os espaços que o sentimento deixou
nas vezes que o rosa se enlouqueceu
e simplesmente quis mudar de cor
domingo, 5 de junho de 2011
indo para lá
Dá pra tolerar a frieza do dia quando por dentro se está quente
enxugar o coração das lágrimas de antes
se torna diferente de abafar o soluço do choro
chorar alto
o que a alma pede
não se torna patético quando o coração admite sentir
se esconder embaixo das cobertas
e dormir demais
não se torna estratégia
porque nunca se estrategia não sair do lugar
levantando
e tentando andar para o outro lado
porque lá deve ser menos errado
do que os outros caminhos que acabei de chegar
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