domingo, 21 de novembro de 2010

chuva


a chuva me molhou
e me confundiu as ideias
me misturaram
os sentidos

me restou o molhado
me restou eu sentida
inteira
refletida

os caminhos se cruzam
nao param de cruzar
as avenidas
estao cobertas supercialmente da agua
vividas
de jamais se empoeirar

os carros e destinos
diferentes e indiferentes
vao indo...
vou indo...








e a chuva passou



que bom que passou.

domingo, 31 de outubro de 2010

detalhes



ultrapassa o saber

nem percebo
e já estou em você
perdida a ecos
acostumada a estender
toda essa minha paixão por você

é esse sorriso
que me torna incoerente
ao ver olhos fechados
e a menina sente, sente
como ninguém jamais sentiu
o sol está nela
ela já não sente frio
está feliz demais para isso

me aparece
me parte a solidão
com a surpresa que sinto
se explodir em mil faces

detalhe que me prende
sentimento que me arde

domingo, 10 de outubro de 2010

sonhando o descobrimento


estou andando
estou seguindo
o meu instinto

me seguindo dentro de mim

em meu desespero
de eterna demora
desespero que agora
me entorpece a nao correr

as portas nao vejo
o caminho é sem fim
e me perco
entre paredes apertadas
entreesmagada
entre as palavras
e sentimentos
e o meu nada

e movimento
todo meu instinto
e nao me distinguo
do que escrevo e vejo
do que falo e penso
viajo em meus pensamentos
e moro em minhas palavras
paradas
em m o v i m e n t o
misturadas
contornadas
transformadas
em moinhos de vento

ilusionada
a realidades
vivendo as fábulas
de uma cabeça
de sonhador em descobrimento

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

NÃO

Quando a lágrima não cai
E a alma fica exposta
Sinto um inquetante poder
Grita em mim     a não resposta
A frustrante      não lágrima
O não exposto
Me contrapõe
Me inquieta
O não exprimir em minha face, o meu rosto

sábado, 18 de setembro de 2010

dia figurado

hoje o dia me vestiu de cinza
e eu sai sem perceber
as cores e os sons
jogados na minha frente
andei meio assim
sem o querer

agora já não sei
acho que eu que me vestí do dia
acho que ele nem pensou em mim
fui eu que me liguei
o vento frio combina com a minha aurea
o azul marinho me encapa
o vento agora combina
com todo o cenário
feito por mim e pelo dia
cinza de frio
azul de cor
frio de querer
calado de saber
e a música nem parou
pra olhar e se entreter

terça-feira, 7 de setembro de 2010

palavreada


adoro quando não importa
o porque escrevo
adoro quando a palavra sai torta
a desapego
adoro quando ela é ela
adoro quando sai natural
adoro quando rima com a falta da fonética
adoro quando não tem nenhuma forma
e ainda se torna poética


adoro a palavra escrita
e todos os sentidos descritos
adoro a leitura
o silêncio
o recito


adoro as palavras
distinguindo o nada
adoro a música
pedida pela palavra
que fala, fala
sem dizer nada 
só sente e incita
exprime e exala
em cada mente um sentido
em cada arte uma fala.

domingo, 8 de agosto de 2010

sincronia de pensamentos


silêncio
as palavras que ecoam em minha mente
procuram se discernir em um movimento
de nostalgia
a ausência de música
grita
em contrapartida
com o estouro que seria
uma só melodia
abater a minha apatia

as palavras não saem
ficam empoeiradas
a conversa não sai
fica na mente
preparada
sem saber se está certa
ou errada
lança a sua melodia
e quebra

o seguinte acompanhamento do nada

arte


nao me aborreço
quando escrevo
sofrer faz parte
escrever já é o meu recomeço

segunda-feira, 12 de julho de 2010

venda nos olhos


e de repente, é como se estivesse em uma corda, a manobras psíquicas de se equilibrar. já não reconheço o caminho, tendo que administrar as minhas quedas. me fazer respirar, para não exagerar nos sonhos. para não se entregar nos vícios de extremos que me proponho. é se diminuir crescendo. se tornar uma dimensão. estou andando, de olhos fechados, para que meu instinto possa me guiar. nada teria graça se fosse diferente disso. venda nos olhos.

equilíbrio
ou algo sinistro
semelhante a isto
de seguir sem apoiar
          retira                                o que sobra
tira de dentro
o que te afoga
para voltar a caminhar

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ALERGIA


viver de lembranças é um mar de pura solidão. é dormir sem roupas no frio e acordar no meio da madrugada com desespero agudo em todas as partes do seu corpo.


muda
o tom
pra ver se eu mudo
junto com a musica

me anestesia
a mente
com alguma loucura envolvente
de alegria

me contagia
com alguma verdade
que assim possa ser
parcelada a irrealidades


pra ver se eu mudo com a cor
pra ver se a mistura me instiga
a sonhar outra vez

alergia
da vida
alergia

terça-feira, 8 de junho de 2010

ELO

olhos
abrindo
verde floresta
te estranho caminho
...
parece que disfarças
meu sonho
que sem sentido,
se ia seguido

desperta
da realidade imaginária
do universo paralelo
meu elo
está na iminente descoberta
se distinguindo
a se equilibrar
em puro ato esmero

segunda-feira, 7 de junho de 2010

me transforma




quando a palavra sai cinza
e o coração sangra
me toma
me torna
me faz de conta

quando a palavra sai preta
distingue
verdadeira
e nem me dou conta
que o delirio dança
sorri e chora

me escondo nos versos
me sujo de tinta pelos cabelos
ja nao se encontra a face
que dorme, para que tudo se acabe
ou pelo menos
para que este pesadelo
nao seja verdade

segunda-feira, 24 de maio de 2010

RaDIANTE

raios me partam
ou que parta
ao meio
aos traços
o medo
do que nao vejo
estralhaço

olhos vendados
fé naao sei daonde
surge força
estranha
quando vejo
ja estou bem longe

estrelas, estrelas
deixe sua sombra
se nao for por luz,
por sexto sentido ou
1/3
ou qualquer um que seja
se nao fosse pra ser adiante
seria quadrado e nao andante

Raios, Raios, Raios!

sábado, 8 de maio de 2010

sonhos


e a paz que eu sinto

me prende os sentidos

a voar

que aprisionados em sonhos

não querem voltar



a avidez que proponho

nao para de pulsar

me salta a pele

me escapa ao corpo

me declara a gestos

a se expressar



sussuro

palavras de murro

sentimentos

de se gostar

e me intimida o rosto

a ponto de nao acreditar

sonho, vivo, sonho de se sonhar

segunda-feira, 3 de maio de 2010

pensamento voa


necessidade de escrever

nao sei o que

necessidade de viver

para aprender

necessidade de saber

para crescer

necessidade de sonhar

para acreditar

se nao sonhar, nao realiza, se nao acreditar, nao se vive

sonha menino, sonha

faz dessa vida uma dança

que te faz sempre rir no final

e depois voa menino, voa

pensamento é livre

é voce quem cria e se cria

é voce quem permite e se permite

é você quem realiza e idealiza

é você do outro lado

é você do lado de dentro

eu sou apenas o outro você

aquário aquarela

como seguir
indiferente aos instintos
como distinguir
o que me fere
se sigo ja aflito

vagueiam se pensamentos
do lado de fora do quarto
cinza, cinzento
e do lado de dentro
vermelho, rosa, azul e verde
aquario de minha mente
colore o espaço
para que eu verseje

domingo, 25 de abril de 2010

círculo de névoa

o sem sentido de seguir o que sinto
me enluva no nao discernir

caminho metade
a passos largos
sonhos imensos
tão intensos
em seus rastros

procuro aberta
porta
linha reta

explosão de idéias
insatisfação aceita
grito mudo
a me cortar
em partes de partes
a me desfigurar

sábado, 17 de abril de 2010

vida/luamenina


Sinto meu viver no acreditar *
poesiaíntimafeminina
lirismo, sinto o meu expressar
confuso a diferentes sinas

dias tão bons de nem se acreditar
sentimentos que não meço
nem procuro explicar

Garota dos versos
Sente o cheiro da noite
e se apaixona pelo luar

domingo, 11 de abril de 2010

Esperança

Esperar a hora da dança
O sino soar
É a arte de fechar os olhos
e acreditar

Energia
Está na luz do dia
Na lança do olhar
A pura sincronia
Que o Universo nos dá

IRA FEMININA

Percebo seu medo
de cara lavada
Esfacela-se a cara
dá direito ao tapa
grito de palavra
solto no ar
E, estática na espera
Para não te atacar

Me incomoda a presença
E te estranho em ausência
A não suportar
Crer em velhas crenças
De ti/me apaixonar

sábado, 3 de abril de 2010

Lados compondo a vastidão

Quanto mais me conheço
Desconheço
O outro lado de mim
Que se modifica
Mistifica

Nasce
E brota outro e outro
Enfeitiça o salão
Contradiz
No meio de tanta vastidão
Camaleandonando-se ou será que não?
Porém totalmente são

Heis que surge o entorpecido
Como criança lança o seu grunido
Lindo indo visto
Rindo ou será sorrindo?
Expressando o já espremido

Expresso
Adversos sentidos
Confusos
Aflitos e dispersos pelo vagão
Que já não se sabe se está no início ou no meio
Fim creio que não
e o creio

Muito ainda surge
Nessa contramão
Dos, dos, dos
Que ainda vão
É de impressionar ver
Tanta gente
Sem discernir a luz do verbo ser

Jovem Cometa

Abra os olhos
Cara azul estrela
Se mostre, se veja
Nos veja

Geração progresso
Acredita na Arte Brasil
Com suas cores mil
Se mexa, nos mexa
Não esqueça

Violão, pandeiro, tamborim
Gaita, viola, chorinho
Paixão, País cara metade
E ele chorou sorrindo

Labirinto




Palavras certas, perfume distinto
Heis que me perco em um labirinto
Na pura eloquencia do sonhar

Sinfonicamente andando
Vou seguindo, vou jogando
Tantas formas, tantas cores
Mistas ao vento
E quantos amores
Em um único soprar

Seu sorriso vem vindo
Entre os meus olhos seguindo
A te embalar magicamente, o lugar

Duo

Mil vozes clamam
O favor da atenção
E logo se inflamam
Sufocando a aparição

Se o exigido
Nada mais é que o pedido
-Permiso!
-À vontade, se sinta a vontade querido!
faz parte de mim
aquele sonho que não se parte
qualquer coisa que parece que
não se acabe

música, essência, melodia
minha alegria
junto a tua aventura
vira poesia