domingo, 3 de julho de 2011
Sem apelos
E precisei de teu olhar de ser tristonho,
com mãos de poeta, escrever-te lenta,
para pretensiosa completar-te os olhos.
Pausadamente percorrer teu nome,
buscar seu tom suave, sem apelos,
perfume inconfundível, a cada letra.
Menina que se de fato existe, não se sabe,
nem se poderá de novo, ser tocada,
a passagem que em si não tem regresso,
quantas lembranças mortas (ainda vivem).
Janaús, purpurinas, lantejoulas reticentes,
pouco faz, refletem o oco da ilusão, poesia,
imagem penetrando espelho entristecido,
caindo implícita, ao chão, em mil pedaços.
Melina Coury
Homenagem a Coury, amo as palavras dessa poetisa =)
http://souriresetlarmes.blog.fr/
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