sábado, 20 de agosto de 2011

onde se esconde, rosa ingratidão? escondida (a)cena


esmagaram a rosa
junto com o meu coração
na minha manhã de chuva
derramei minha ilusão

parada no gelo
principiada no ataque
frenesiada ao recalque
me emudeci inteira
...
a rosa esvaiu-se toda
mudou de nome
quis rasgar a roupa
se esquecer da cor


Já sem reação à arte:
menti pro meu rosto,
menti em meu poema,

repeti a cena.

4 comentários:

Andreia disse...

Bom dia vim fazer uma visitinha e te desejar uma linda semana bjos!!!

Melina Coury disse...

Taaci,

Obrigada por tua visita e pelo charme de teus comentários.

merci beaucoup, bisous.

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Rose rouge sang

Se esmagada teve tua rosa,
tens coração, chuva e ilusão,
cenário está pronto completo,
gratidão se descobre no ato.

Degela! Roda tuas sete saias,
decalca o frenesi em teu seio,
tatuagem mostra sem receio,
muda!se cala inteira,não muda.

Vestido não rasga; Retira!
destila da rosa a essência,
no salto, sê volátil, condensa,
transforma em perfume exala.

De esconde esconde se brinca,
quem sabe um anjo a respira,
esmagada foi rosa, te lembra?
se faz inteira a roseira...

a rosa se recupera.

Melina Coury

Dayse Sene disse...

Quando somos esmagadas em nossos sonhos, mudamos sim a cor e a roupa...tiramos nossa beleza e mentimos para nossa alma que queremos o fim. Mas nossa alma nos conhece tão bem, e sabe, que esse fim, não está em ti, nem em mim, está na dor do espinho, quando feriram a flor, mesmo sabendo da sua defesa. Então ela espera as cortinas se abrirem de novo, para ver a nova cena, no espetáculo que é viver, mesmo com cicatrizes.

Um grande dia.
Um forte abraço.

Unknown disse...

Muito bom...é rima e muita inspiaração...parabéns